Desejos à flor da pele nos faz mergulhar em nossos mais íntimos desejos, fazendo com que questionemos nossa noção estagnada de pudor e tabu. (...)
Uma obra que traz à luz tantas emoções e que liberta nossas fantasias e nossas amarras é leitura obrigatória para que nos entreguemos aos delírios, às loucuras, ao prazer indescritível, ao eterno gozo! A obra relata com riqueza de detalhes o ato sexual em sua forma mais primitiva, (...) o desnudamento do eu lírico, inclusive vocabular, evidencia que o romantismo pressuposto aos relacionamentos dá lugar a um erotismo escancarado que aparta os moralismos em detrimento do querer absoluto. Esse desejo desenfreado pelo sexo sem pudor traz ecos de um indivíduo em transe, que só atinge a plena satisfação se possuir a amada em sua totalidade:
Ao final da obra somos levados a perceber que se sentir amado também diz respeito ao prazer que temos pelo outro e com o outro, aos deleites que provocamos em alguém e aos gozos que nos são provocados. Amar outro ser é também amar o prazer que este nos proporciona, da mesma forma que se amar está intimamente relacionado aos orgasmos que somos capazes de nos permitir sem culpas, medos ou vergonhas.
Linda Catarina Gualda