As enzimas são proteínas que catalisam processos químicos em condições suaves e com elevada selectividade e estereoespecificidade. A Engenharia Enzimática, apareceu como área de investigação durante a década de 60, com a imobilização de enzimas para utilização em processos químicos. Desde então, o universo de aplicações de processos enzimáticos tem conhecido um importante desenvolvimento - biossensores, terapia enzimática, síntese químico-enzimática de compostos bioactivos, obtenção de novos biopolímeros, processos em indústrias tradicionais como os curtumes, o papel, o têxtil, etc. Através da biocatálise combinatorial, é possível obter uma vasta biblioteca de compostos químicos. Para a crescente competitividade das tecnologias enzimáticas contribuem a selecção de novas enzimas, as tecnologias de DNA recombinante e da engenharia de proteínas, que permitiram a modificação de propriedades cinéticas e de estabilidade, o desenvolvimento de novas soluções ao nível da tecnologia de reactores enzimáticos e das técnicas de imobilização e o desenho do meio reaccional. A utilização de enzimas vem ao encontro dos pressupostos da chamada Química Verde.