Há mais de cem anos chegaram ao Brasil os primeiros missionários, trazendo uma renovação para o mundo protestante: o pentecostalismo. Esse movimento religioso cresceu inicialmente de forma silenciosa,mas, através dos anos, se multiplicou em inúmeras igrejas, atraiu multidões e, recentemente, se revelou como uma força social e política de grande importância no país, transformando-se no carro-chefe do crescimento dos evangélicos.No intervalo de apenas trinta anos, entre os Censos de 1980 e 2010, a proporção dos brasileiros identificados como evangélicos saltou de 6,6% para 22,2%. Uma expansão religiosa que se fez acompanhar de um significativo aumento da presença de evangélicos nas disputas eleitorais.Buscando construir uma argumentação baseada em dados quantitativos(pesquisas em várias capitais brasileiras e ainda em Campos dos Goytacazes e Macaé) e em entrevistas com lideranças religiosas atuantes em Campos- pastores, missionários evangélicos e padres e bispos católicos-, o autor busca entender (e explicar) a eficácia das instituições evangélicas na empreitada de mobilizar eleitores para fins político-eleitorais.