Este é um trabalho de muito valor para a historiografia regional. Entre seus destaques está a originalidade da pesquisa, da abordagem e das considerações acerca do cotidiano e da sociabilidade em Rio Pardo. Este livro é produto de um autor com muitos méritos. Ubiratã literalmente deixou sua zona de conforto ao retomar os estudos – com todas as dificuldades inerentes a esta escolha – e ao optar pela formação continuada. No período em que trabalhamos juntos vivenciei sua dedicação aos estudos, sua postura acadêmica e ética, seu entusiasmo com a produção de conhecimento. Cresci muito com a convivência que tive com Ubiratã. Aprendi sobre história e sobre vida nesse processo de orientação.
O coroamento dessa convivência se dá agora com a publicação de uma obra que não se limita ao tema pesquisado, mas que evidencia o apreço pela ampliação do horizonte de expectativas de um batalhador. Que a obra seja admirada pelo que traz de informações, mas também de possibilidades. Ao indicar a potencialidade das fontes documentais, Ubiratã também evidencia que ainda há muito a explorar quanto a compreensão do processo complexo e singular de escravidão no sul do país.