Este é um livro que fala de outros livros, de como lê-los, comentá-los, discuti-los, representá-los, imaginá-los e, nesse rico processo, inesperadamente, ir construindo um novo livro. Primeiro, por que seus textos constituem um exercício de escrita e crítica de outros textos, que numa palavra pode ser sintetizado em leituras críticas e criteriosas de livros que expressam o fundamento do que é uma “resenha”. Segundo, uma resenha deve ser o exercício praticado por qualquer iniciante numa área do conhecimento, seja ela qual for, sem a qual sua formação fica inevitavelmente comprometida, para não dizer limitada e restringida. Terceiro, o nível de debates de uma historiografia (isto é, da história do escrito histórico, que compõe a história da história) é explicitado pela qualidade e quantidade rotineira ou não em que os livros que são publicados em um país propiciam ou não a produção de resenhas, comentários e diálogos entre seus leitores e críticos. Quarto, do livro clássico ao desconhecido as resenhas servem para recolocar questões, atualizar debates, apresentarem obras e autores, assim como o contexto que deu base a produção de determinadas obras.