A VULNERABILIDADE DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR À CORRUPÇÃO

O desenvolvimento deste livro decorreu do firme propósito da autora de investigar o fenômeno da corrupção no âmbito das instituições de ensino superior, embasando-se conceitualmente em teorias morais da justiça, da política e da educação e, sobretudo, em referenciais éticos, morais e filosóficos. Centrada nessa preocupação, a autora dedicou seus esforços à identificação dos modos de corrupção instalados nas instituições de ensino superior, com vistas a perceber como a corrupção afeta os diversos níveis da missão institucional e a averiguar a existência de medidas preventivas e combativas desse fenômeno. Assim, procurou interrogar as próprias instituições sobre a existência de possíveis esquemas preventivos e combativos da corrupção.
A melhor compreensão do fenômeno da corruptibilidade, em sua variedade de tipos e causas, consistiu, para a autora, no desafio maior para a realização da investigação apresentada neste livro, no âmbito da Filosofia da Educação, cuja problematização está expressa nas seguintes questões: a) o que caracteriza a vulnerabilidade das instituições de ensino superior à prática da corrupção? b) que tipologia de corrupção é concebida nas instituições de ensino superior? c) que dinâmicas e estratégias as instituições de ensino superior devem adotar como medida de prevenção e combate à corrução? d) a elaboração, implantação – e consequente cumprimento do Código Deontológico Institucional – contribui para prevenir e combater a corrupção?
Ao longo do livro, a autora aborda os mais diversos aspectos da corrupção nas instituições de ensino superior, passando pela análise da corrupção na sociedade, com aprofundamento sobre sua natureza, identidade e teorias éticas pertinentes. Desnuda as características e modalidades da prática corruptiva nas Universidades e expõe os seus sintomas, causas e tipologia, assim como suas implicações éticas e morais. Aprofunda, conceitualmente, a corrupção institucional, evidenciando seu caráter pessoal, sua responsabilidade moral e os corruptores e corrompidos nela envolvidos. Por último, mas não menos importante, discorre sobre o combate à corrupção acadêmica e sobre as medidas e estratégias que podem frear a sua prática.