Calcule o frete:
Para envios internacionais, simule o frete no carrinho de compras.
Sinopse
Para analisar essa aparente encruzilhada, Berenice Bento propõe o conceito de necrobiopoder em articulação com o de genocidade. Ainda que se tenha debruçado sobre a análise dos anais parlamentares de 1871, a pesquisa não se limitou a essa esfera. A preocupação central do livro é apontar as linhas de continuidade do passado colonial e escravocrata na contemporaneidade. O conceito central que opera as disputas ontológicas é o de abjeção. Para a autora, os corpos negros nunca chegaram a ser plenamente reconhecidos em suas condições humanas. A relação entre racismo e abjeção é o pano de fundo das reflexões que atravessam a obra e elegem os debates parlamentares de 1871 como um referente histórico que segue informando as políticas de Estado para a população negra.
As linhas de continuidade ou as heranças do passado escravocrata são resgatadas quando os conceitos de gênero e patriarcado são problematizados. Os efeitos de quase quatrocentos anos de escravidão atravessam a sociedade brasileira em todos os níveis, inclusive nos feminismos. A emergência do feminismo negro, como uma voz singular interna aos feminismos, aponta a impossibilidade de pensar a condição generificada das mulheres sem trazer para o centro a questão racial, o que provoca uma cisão (nomeada aqui de “guerra feminista”) considerável com o feminismo que considera o gênero como determinante para explicar a opressão das mulheres.
Ainda no processo de rastrear a herança colonial e escravocrata na reatualização do racismo, a autora questiona o motivo de os historiadores, em especial os de orientação marxista, não conferirem às rebeliões escravas e, posteriormente, aos movimentos negros o lugar de sujeitos históricos. Nada do que se teorize sobre o Brasil pode ser feito à margem da questão racial, o que leva Berenice Bento a problematizar a ausência da categoria raça na cena psicanalítica. Em vez de uma análise recorrente que aponta o racismo estrutural operando na cena psicanalítica, trata-se de reconhecer a raça como uma linguagem que estrutura o inconsciente. A negação da raça como determinante da/na produção do sujeito pelo saber psicanalítico, a autora irá nomear de “psicose cultural”.
Ficha Técnica
Especificações
| ISBN | 9786586596229 |
|---|---|
| Pré venda | Não |
| Peso | 452g |
| Autor para link | BENTO BERENICE |
| Livro disponível - pronta entrega | Não |
| Dimensões | 21 x 14 x 1.6 |
| Idioma | Português |
| Tipo item | Livro Nacional |
| Número de páginas | 352 |
| Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2024 |
| Código Interno | 1109124 |
| Código de barras | 9786586596229 |
| Acabamento | BROCHURA |
| Autor | BENTO, BERENICE |
| Editora | CULT EDITORA |
| Sob encomenda | Não |
