ANGELI IN TERRENIS PROCESSIONIBUS

Tenho medo de partir, antes de me todo recitarPreciso do perdurar, deste instante do eterno E por todo o sempre, se por aqui me espero E só sei que ressuscito em poesias Pois tudo que é eterno, retorna e persiste E aí, sinto que sempre soube do que faz sentido Mas os poemas sempre me exigem a melhor das disposições, pois Para cima ou para baixo, os espaços se encontram por todos os lados Mas que me disponha, então, a percorrê-los Nos espaços e tempos dos instantes deste eterno de repente E como se fosse ainda, em piscar de olhos do EternoQue tudo preenche, nos exatos momentos desses milênios Mas, ah! Poesia! - é o ponto do grão de areia! Sentindo os infindos, de praias lhe sorrindo! Em ventos soprando, em miríades que inspiram! E com os olhos cerrados, que suspiram!Com deuses, em cortejos à volta! E com o tudo de todos, no sempre agora! E, assim, como o não ir-se embora! Em si e de si, e por toda essa minha perpétua hora!E vai, e volta! - e vai! Ah! Poesia! - fica! Pois, todos os saberes são os dos doces encantos! E por infindáveis e totais sutis meandros! Onde, os infindos, são pontos Que se relacionam com o nosso todo.