É um livro que incita o leitor a (re)construir conceitos de teoria política e filosofia jurídica. A obra, dividida em três partes, apresenta inicialmente uma análise da obra do autor alemão Carl Schmitt com um recorte entre o ano de 1920 até meados da década de 30. Nela se trabalha o conceito do político, o desenvolvimento do decisionismo com a influência do institucionalismo, a tensão entre norma e exceção, a relação entre o jurídico e o político, o jurídico e o Estado, bem como os conceitos schmittianos de constituição e liberdade. Na sequência, o livro, em sua segunda parte, aborda as reflexões da também germânica Hannah Arendt, buscando sempre uma simetria de temas em relação àqueles abordados por Carl Schmitt. Em relação a Arendt, de especial, tem-se a discussão acerca dos conceitos de obra, trabalho e ação, sobre o conceito da política e seu diagnóstico da época. Também não se olvidou da abordagem de temas centrais do pensamento arendtiano como a ação e liberdade, poder, autoridade e violência, constituição e revolução, e a experiência do totalitarismo. Por fim, já em parte final, o livro confronta o pensamento dos dois jus-filósofos, apontando seus pontos de aproximação e distanciamento.