AS ALMAS DE SÃO CRISTÓVÃO

A tragédia ocorrida com o Museu Nacional e o prédio que o abrigava, o imperial Palácio de São Cristóvão, consumidos pelas chamas na noite de 2 de setembro de 2018, a todos entristeceu e revoltou, tamanhas as perdas decorrentes, em alguns aspectos, irrecuperáveis. Diante de tais fatos, o historiador Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança entendeu que a importância desses nossos patrimônios histórico e museológico atingidos, deveria ser sempre lembrada e ressaltada, sendo este livro sua contribuição para esse mister. Aqui reuniu ele, artigos de cunho histórico-biográfico a respeito de personagens ilustres e parentes da Família Imperial relacionados a esse precioso palácio, outrora sede da monarquia brasileira, um seleto rol de seus trabalhos realizados ao longo de toda uma carreira dedicada à nossa memória imperial. O leitor encontrará os artigos “Dom Pedro II: O patrono dos astrônomos brasileiros”; “A imperatriz Dona Amélia, princesa italiana”; “Dom Sebastião, o infante carioca”; “A imperatriz Dona Leopoldina: Sua presença nos jornais de Viena e a sua renúncia à coroa imperial da Áustria”; “Augusto de Leuchtenberg: O duque de Santa Cruz e príncipe consorte (1810-1835)”; “Uma princesa entre a corte e o mato: Teresa da Baviera”; “O almirante duque de Saxe”; “As visitas de Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina em Viena (1871 e 1877)”; e “Dom Pedro Augusto de Saxe-Coburgo e Bragança: Um triste adeus”. Dom Carlos nos brinda, também, com um conto sobre a fatídica noite do incêndio, “Uma noite trágica – 2 de Setembro de 2018”, cujos personagens são as ilustres almas dos que lá viveram ou frequentaram nos tempos imperiais, reunidos subitamente por esse evento sinistro, doloroso e angustiante para todos os brasileiros, quiçá para quem levou para a eternidade sua ligação a tão importante e belo local. Esse texto é, a nosso ver, um verdadeiro libelo acusatório do tamanho dessa tragédia para o nosso país e desdouro para os nossos governos, a uma, pelo que ocorreu com um local tão importante para a nossa nacionalidade, por tudo o que comentamos acima; a duas, pela perda do imenso e diversificado acervo museológico que lá se cultivava há tanto tempo, mais de um século. O livro contém mais de 70 imagens, um extenso e detalhado índice onomástico e remissivo e um texto anexo de autoria do arqueólogo e museólogo Claudio Prado de Melo, “Uma Múmia Molhada do Museu Nacional da UFRJ?

Livro inaugural da Série Bicentenário de D. Pedro II.