Esta obra é fruto de uma pesquisa realizada por meio de uma pós-graduação stricto sensu em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), e buscou apreender as metodologias utilizadas, assim como os significados vivenciados pelos profissionais da Psicologia, nos atendimentos psicossociais realizados com crianças vítimas de abuso sexual. Nesse cenário, desenvolveu-se a referida pesquisa buscando provocar reflexões, expressões, coprodução de significações em relação a essa temática. Para tanto, fundamenta-se na concepção sócio-histórica vigotskiana. Além disso, utilizou-se como suporte metodológico para apreensão do objeto investigado pesquisa bibliográfica, documental e empírica. Constatou-se que, em vários aspectos do atendimento psicossocial oferecido pelo Creas, são inúmeros os desafios para os profissionais envolvidos, como: falta de capacitação para o desempenho esperado, falta de estrutura física para a maioria das unidades, falta de recursos diversos, falta de materiais especializados e desarticulação entre a rede de atendimento e proteção à criança e o município. Os psicólogos consideram entraves nos atendimentos: a falta de adesão das famílias, a falta de recursos materiais e a falta de um espaço que propicie um atendimento de qualidade e recursos humanos. Ainda, quando mencionam sobre como seria um atendimento pleno, trazem à tona a questão da articulação da rede de atendimento como um ponto crucial para eficácia dos atendimentos.