A obra analisa se as teorias causais comumente utilizadas no direito brasileiro
(teoria do dano direto e imediato e teoria da causalidade adequada) conseguem resolver
satisfatoriamente o problema dos danos causados por influência psicológica, entendidos estes
como as lesões materializadas em razão do comportamento de outro agente, seja ele o próprio
lesado ou um terceiro, que tem a sua atuação facilitada ou incentivada pelo ato do primeiro
sujeito.
O livro visa à determinação de critérios de imputação jurídica nestes casos, examinando diversas
questões atuais, a exemplo da responsabilidade do influenciador digital, dos propagadores de
fake news e dos que praticam atos de bullying e revenge porn¸ e ainda dos que causam desastres
ambienteis, como os de Fukushima e de Brumadinho, levando as vítimas a atos de autolesão ou
suicídio. Também é investigada a responsabilidade civil de autoridades públicas e de médicos
que atuaram na pandemia de Covid-19 e membros de grupo que lideram ou iniciam atos de
vandalismo, como a invasão do Congresso Nacional e do Capitólio, dentre outros temas
relevantes.