COLABORAÇAO E CRITICA NA FORMAÇAO DE PROFESSORES/AS DE LINGUAS

Grande parte de nós, professores(as), tem agradáveis recordações de alguns/algumas ou muitos(as) dos/das professores(as) que tivemos no percurso escolar ou universitário. Com eles/elas foram aprendidas marcantes lições, não só acerca das disciplinas que ensinaram, mas também sobre a maneira de ensinar, de lidar com os/as alunos(as), de ver a sociedade e o mundo. No entanto, se acreditamos que a sociedade, o mundo, a educação, os relacionamentos, os trabalhos, a linguagem, a comunicação e as pessoas vêm mudando, compreendemos que novas aprendizagens devem ser adicionadas à formação dos/das professores(as) da atualidade. Essas são questões tratadas pela jovem pesquisadora Viviane Pires Viana Silvestre em seu livro Colaboração e crítica na formação de professores/as de línguas: teorizações construídas em uma experiência com o Pibid. A partir de pesquisas desenvolvidas em um Programa de Formação Docente (PIBID) na universidade, Silvestre investe e aposta na formação crítica e colaborativa de professores(as) de línguas ao focalizar as práticas problematizadoras por eles/elas vivenciadas. Com esse propósito, seu trabalho alcançou muito sucesso no enfoque às habilidades e sensibilidades referentes às necessidades educacionais de hoje: a (re)construção de sentidos de práticas de sala de aula, por meio do desenvolvimento de autoquestionamento e de percepção crítica sobre a educação linguística e a busca pelo processo de descolonialidade, trabalhando espaços de fala, hierarquia horizontal e agência docente. Reconhecidamente, essas são algumas das questões da atualidade quando se discute o papel do(a) professor(a) sensível e preocupado(a) com a integração universidade-educação-sociedade. E essas são as grandes contribuições deste livro para as áreas de Linguística Aplicada e Educação e para as pessoas interessadas em perspectivas diferenciadas de formação educacional e profissional. É uma leitura que contribui para a reconstrução de sentidos nesses campos.