COMO ELES SÃO?

Ser alfabetizado é condição imperiosa para a constituição da cidadania. No entanto, este estudo mostra que no Rio Grande do Sul, numa região, cenário de abundante riqueza e bem-estar social e de presença do Estado, via políticas educacionais, o analfabetismo persiste e se reproduz quantitativamente, de modo heterogêneo. Além disso, os dados evidenciam que sobre o total de analfabetos domiciliados nessa região, os maiores índices se concentram entre os grupos etários de 25 a 59 anos. Diante desta realidade, a questão que se põe relaciona-se às razões da persistência e reprodução desse problema, situação que continua presente como uma realidade silenciosa e silenciada, quase imperceptível também para o conjunto da nação. A Educação, direito subjetivo, inalienável do cidadão, em seu caráter sistemático, tem na alfabetização o processo de abertura à aventura de aprender que precisa descortinar-se a qualquer tempo da vida, especialmente, quando houve impedimentos das mais variadas ordens para esta ter ocorrido no momento adequado, ou seja, na idade apropriada, isto é, nos anos iniciais da vida, quando principia a escolarização. Entretanto enfatizamos que o momento adequado para o analfabeto inserir-se neste processo será sempre - aqui e agora.