COMUNA DE PARIS - O PROLETARIADO TOMA O CÉU DE ASSALTO

COMUNA DE PARIS - O proletariado toma o céu de assalto" é uma obra orientada pelo objetivo de contextualizar e analisar a primeira tentativa proletária de organização de um novo tipo de sociedade. O livro é dividido em duas partes. A primeira, composta por cinco capítulos, caracteriza, em linhas gerais, o II Império Napoleônico – forma assumida pela contrarrevolução aristocrático-burguesa frente ao surgimento do proletariado como força política independente. A segunda, com oito capítulos, aborda o surgimento das condições imediatas que levaram à instauração do poder proletário em Paris. Esta terceira edição traz ainda um conjunto de anexos que detalham a cronologia dos acontecimentos, destacando os episódios mais relevantes da Comuna; a biografia sintética dos principais personagens e alguns textos que analisam a importância histórica e teórica da Comuna para a luta dos trabalhadores.

A França napoleônica, em agosto de 1870, é derrotada pela Prússia e a 4 de setembro é declarada a queda do II Império e a formação de um governo provisório, dando início à III República. A 8 de fevereiro de 1871, em plena guerra e após o armistício, são realizadas eleições para a Assembleia Nacional. Estas, em condições extremamente adversas às forças democráticas, garantem a vitória das facções conservadoras – principalmente monarquistas.

Paris, sitiada pelos prussianos, não aceita as condições impostas para a paz e se insurge contra o governo capitulacionista de Thiers em memorável acontecimento, quando, segundo palavras de Karl Marx, o proletariado “tenta tomar o céu de assalto”. Esta insurreição heroica ficou registrada na História como a Comuna de Paris de 1871, anunciando a possibilidade de construção de uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.

Nos dias atuais, frente às tentativas fundamentalistas e fascistas de destruir conquistas civilizatórias, é importante e urgente a necessidade de estudar e conhecer com maior profundidade experiências revolucionárias como a da Comuna de Paris e todas as outras que frutificaram depois dela. Ao comemorarmos os 150 anos da tentativa do proletariado parisiense de organizar um novo tipo de Estado, podemos afirmar, contrariando os reacionários e os incrédulos, que a possibilidade de conquistar uma sociedade sem exploradores e opressores, em um futuro socialista, apresenta-se a cada dia como uma necessidade no horizonte da humanidade.