A obra Corrupção no Brasil – um ciclo repetitivo propõe nova reflexão sobre o exame da corrupção no Brasil a partir da perspectiva histórica, desde o Brasil colonial. Apresentar, de forma sumária, a história brasileira, nas fases colonial, monárquica, imperial e republicana, observando que desde a origem os atos de corrupção sempre estiveram presentes, desconstituindo o mito de que a corrupção é um fenômeno do século XXI, ou implementada por uma vertente política, é um dos escopos da obra.
O intuito econômico na colonização brasileira nunca deixou de ser evidenciado pela metrópole. No entanto, o modelo utilizado em terras brasileiras para esse fim propiciava a realização de atos de corrupção em diversos níveis, já que o controle era extremamente deficitário diante das dificuldades de comunicação e tecnologia daquele período histórico, associados à longa distância que separava de seu colonizador.
A análise da sociedade brasileira numa perspectiva ampla é proposta para que seja possível identificar a corrupção no momento devido, e constatar que sobreviveu até os dias atuais, independentemente da existência de novas leis, em âmbitos criminal, civil, administrativo e fiscal, o que levará o leitor a deduzir que, acima de tudo, a corrupção brasileira é um fenômeno cultural.
A partir dessa premissa, identificando a correta origem da corrupção no Brasil, será possível aferir o quão é nociva sua naturalização. A análise sociológica desse tema pretende ingressar no âmago da cultura brasileira para propor a ruptura do elo de corrupção, a fim de que, efetivamente, essa mazela não seja “um ciclo repetitivo”, fonte de grande atraso do nosso país.