CRISE AMAZONICA E A BORRACHA

Escrito em 1908, o livro antecipa a derrocada da economia da borracha que aconteceria dali a cinco anos, quando o látex asiático inundou de vez o mercado internacional e os importadores viraram as costas para a produção da hevea brasiliensis produzida no Pará e no Amazonas.

Mendes havia sido escolhido pelo Governador do Pará e pelo presidente da Associação Comercial para levar até o Presidente da República, Affonso Penna, um memorial no qual era revelada a situação difícil pela qual estavam passando os produtores do látex no Pará e no Amazonas. O memorial fazia também um apelo ao governo federal para que tomasse medidas urgentes em auxílio à economia da Amazônia.

Os preços da borracha desciam vertiginosamente , suspeitando-se de um acordo entre compradores, do qual os produtores não podiam defender-se por falta de recursos para guardar seu produto por algum tempo.

A indiferença do governo federal às reivindicações contidas no Memorial acabaram com o “sonho amazônico”.

O estudo aprofundado feito por Mendes, ele próprio um comerciante de Belém, explica com minúcias esse processo.