Alguns horizontes se abem nesta obra. Um deles é a possibilidade de aproximação com o pensamento de Medard Boss, médico psiquiatra suíço tão pouco compreendido entre nós, profundamente influenciado por Martin Heidegger, cujo pensamento sobre o ser eo existir humano tornou possível um novo caminho para a compreensão do homem sadio ou enfermo, livre das concepções racionalistas e subjetivistas. Um outro horizonte é a compreesão da doença por Boss, em especial a esquizofrenia, não como um conjunto de sintomas previamente determinados, mas como um modo de existir no mundo. Ainda um outro horizonte desponta no modo vigoroso como a autora corresponde ao convite, feito por Boss, para percorrer o caminho fenomenológico ao mostrar as dimensões humanas quando prioriza o esclarecimento da experiência do existir esquizofrênico. A leitura desta obra é de grande importância para aqueles que procuram melhor compreender a daseinsanalyse, o estar doente e a esquizofrenia, assim como a necessidade de reflexão filosófica para esta tarefa.