Krazy Kat, a HQ que mudou a história dos quadrinhos mundiais, era a leitura predileta de pessoas como Chaplin, Picasso e Walt Disney. O Mickey (e todo gênero de funny animals) talvez não teria existido se não fosse Krazy Kat e Ignatz. Ignatz, aliás, ao lado do Eisner é o nome de um dos maiores prêmios do meio. Krazy Kat foi a primeira história em quadrinhos a conquistar o respeito de críticos e foi escolhida a mais importante do século XX. Afinal, ajudou a moldar a cara da cultura pop. A relevância destes personagens só rivaliza com a genialidade de seu criador, George Herriman. Essa edição da Fantagraphics, que reúne os três primeiros anos das páginas dominicais (por isso o formato maior), é um precioso registro histórico. Conta com diversos textos extras, com a participação de nomes como o pesquisador Bill Blackbeard e o biógrafo de Herriman, Michael Tisserand. A tradução, que muitos consideravam impossível, ficou a cargo de Érico Assis, que teve a gentil colaboração de Michael Tisserand e da pesquisadora Carol Tilley. Para a versão brasileira da Skript, todas as letras foram feitas à mão por um seleto time de artistas: Luiza Lemos, Renata C B Lzz, Nanda Alves, Gerson de Lima, Alexandre Szolnoky, Jorge Espada, James Lee e J.L. Padilha. A edição é de Diego Moreau e a revisão de Moreau e Alexandre Baptista.