Chama atenção o fato de que os estudiosos de várias áreas da ciência costumam publicar livros voltados não exclusivamente para seus colegas de ofício, mas também para o público considerado leigo para aquela matéria. É assim com a medicina, com a nutrição, com a psicologia, filosofia e até mesmo com a física. Entretanto, na área jurídica quase nada há nesse sentido. É como se houvesse alguma resistência partilhar o conhecimento das leis com o público "não jurídico", o que é um pecado gravíssimo para com o desenvolvimento da sociedade. O professor titular de direito constitucional da USP, Dr. Virgílio Afonso da Silva, expressou essa mesma ideia ao afirmar que "Em alguns âmbitos, e certamente no campo do direito, a academia brasileira escreve muito pouco para o grande público". Quem teve a oportunidade de conhecer meus outros livros sabe que procuro escrever prioritariamente para esse "grande público" ou, melhor dizendo, também para ele. Os leitores desta obra perceberão que não é uma produção acadêmica, mas um compartilhamento de um pouco da experiência que possuo no trato cotidiano com o assunto. Se fosse apontar um posicionamento acadêmico da obra, diria que está muito longe do positivismo kelseniano e tendencioso ao realismo jurídico, não apenas o escandinavo, mas também o norte-americano. Procuro orientar tanto os profissionais do direito que precisam atender alguma demanda relacionada aos bancários, sem que possuam, contudo, a experiência necessária, bem como tento ajudar os próprios bancários que aqui encontrarão um material capaz de lhes dar subsidio para a busca por seus direitos. Também serve como material de consulta aos dirigentes sindicais que são um socorro na defesa das garantias legais desses trabalhadores. Busquei usar linguagem de fácil acesso e rápida compreensão. Evitei, o quanto possível, transcrever textos de lei, fazendo-o apenas quando realmente necessário. Espero que seja uma leitura leve, agradável e, ao mesmo tempo, esclarecedora. Certamente