As aparências enganam. Em nome da justiça social e da reforma agrária, há no Brasil todo um movimento de cunho nitidamente revolucionário que se nutre tanto de recursos públicos quanto da boa-fé da sociedade brasileira. Num determinado momento, os cidadãos desse país chegaram a acreditar que o MST e a CPT tinham como objetivo a melhor distribuição de renda no campo. Houve, mesmo, tolerância em relação ao que já se vislumbrava como um desrespeito à propriedade privada. No entanto, na medida em que esses 'movimentos' ditos sociais - que são, na verdade, organizações políticas ou teológico-políticas - começaram a revelar seus reais objetivos, esse apoio se esgarçou. O descontentamento expôs os verdadeiros termos da questão. 'A democracia ameaçada - O MST, o teológico-político e a liberdade', possui o raro mérito de ir contra as idéias estabelecidas, mostrando que não estamos somente diante de um engodo social, mas de uma organização perfeitamente estruturada, que tem como orientação o socialismo autoritário que permeou a experiência do século XX. Baseada numa leitura minuciosa de documentos e textos, esta obra analisa de que maneira as idéias emessistas e teológicas da CPT configuram todo um quadro que procura, na verdade, romper com a democracia.