"Quase todos os cartunistas começam imitando. Eu, quando estreei, há mais de meio século, publicava, revezando com vários gênios, Chaval, Mose, Bosc, na última página da Paris Match. Ziraldo imitava o Smilby, do Pucnh. Trez era medíocre, Smilby também. Já o mestre Millôr (Millôr é cultura) escolheu o Picasso do desenho de humor, Saul Steinberg. Só conheço esses dois casos de cartunistas que começaram prontos, sem copiar o estilo de ninguém: Leonardo e Reinaldo. Leonardo começou no Pasquim e atualmente está no Extra. Reinaldo parou de publicar porque virou Casseta, ficou rico e famoso. Quando o conheci parceia um ripí, de cabelo comprido e sandálias. Agora passa as férias assistindo a todos os festivais de jazz do mundo, é mole? Como consultor (risos) de humor da Desiderata, sugeri publicar um livro de cartuns dele. O que é uma idiotice. Algumas pessoas, mal informadas, acham que sou o melhor cartunista brasileiro. Depois de folhearem este livro, serei rebaixado no ranking. Vão sacar que Reinaldo, com seu toque cortante de esgrimista é o cara." (Jaguar)