Aprender é uma operação que não se resume a adquirir noções, mas consiste em reter o que foi lido, reproduzir e reconhecer uma série de experiências e pensamentos. Portanto, é imprescindível educar a memória. Logo após o estudo de algum ponto ou matéria, nota-se que o esquecimento também trabalha: a mente elimina noções dispensáveis. Sem disciplina, entretanto, nunca haverá um jogo útil entre memória e esquecimento, entre horas de estudo e horas de descanso.
Para facilitar o aprendizado e fixar na memória os conteúdos apreendidos, basta proceder a uma série de operações sucessivas e gradativas no tempo. Repetir é importante, mas não é só. Saber de cor nem sempre vai além de um papaguear mecânico. As técnicas psicológicas de memorização são complexas, mas podem ser utilizadas simplificadamente pelo estudante. Algumas indicações:
- ler mentalmente e compreender o assunto;
- reler, se necessário em voz alta;
- concentrar a atenção em aspectos específicos, nomes, proposições, conceitos etc.;
- notar semelhanças, diferenças, relações;
- anotar os conhecimentos adquiridos, selecionando os principais;
- fazer fichas com esquemas que incluam, de um lado, a sequência das noções principais (em frases breves e sintéticas) e, de outro, os nomes, as situações e outras características que se referem a cada uma dessas noções; e
- nunca esquecer de repousar, pois uma mente que esteja cansada aprende pouco e retém com dificuldade.
Agora você tem como primeiro desafio o de estar pronto para ler, disposto a aprender e aproveitar a leitura.
Logo, educar a memória é estabelecer um diálogo abstrato pelo desejo de compreender.