DUAS LUAS

E não há nada no mundo que possa fazer desvaler em prosa e poesia que a felicidade é a mais astuciosa das buscas do ser humano, sim, pois todas as coisas e tudo convergem para este fim que nasce e se encerra para os poucos e muitos momentos de alegria e prazer. Ainda que haja o sufoco, haja a pedra, haja o espinho, e haja a falta de esperança, a felicidade para todos um dia há de acontecer, em algum momento dessa jornada pela vida, um novo dia irá chegar, sonhos se realizarão. E antes da morte de tudo e de todas as coisas, a felicidade vencerá.
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Nessa jornada repleta de fases, tais como as da lua, Ubirajara apresenta sua escrita... entre o amargo e o doce, entre o grito e o aconchego, entre o deserto e a floresta. Se há, na Lua, a imagem do guerreiro Jorge lutando contra um dragão, nesses escritos, Ubirajara em prosa e poesia é guerreiro e também dragão. Em sua narrativa, a Leitura de “Duas Luas” é um mergulho do humano em nós. [Vanessa Mendes]