EDUCAÇÃO - UMA QUESTÃO DE POLITIZAR

É comum hoje as pessoas se apossarem de discursos extremistas pelo simples fato de serem contra certos movimentos, certas ideologias e até mesmo por modismo, como é o caso da desconstrução da imagem do educador Paulo Freire perante a sociedade. Tivemos inclusive estultices de parlamentares e outros pseudoeducadores perguntando sobre o legado desta pessoa que tanto se dedicou à educação. Freire ressaltava a importância do protagonismo, aliás, ele afirmava que toda educação é um ato político; e, como dito acima, pessoas compram discursos estéreis e teimam em afirmar que politizar é o mesmo que doutrinação ideológica. Mero engano. O simples fato de o governo querer impedir que um professor politize seu aluno já se justifica aí uma doutrinação. A função do professor é abrir espaço para debates para que os alunos aprendam a discernir com fundamentos, não com ideias estéreis empurradas por políticos que nem sequer têm conhecimento da educação pública. Realmente, a escola tem a obrigação de ser neutra, mas jamais omissa com sua função de ensinar e levar o aluno à aprendizagem.