A gestação representa um período de intensas mudanças que perpassam aspectos biológicos, psicológicos, sociais e familiares. No intuito de garantir uma assistência integral e humanizada, faz-se imprescindível a prática da escuta e do diálogo, a fim de despertar a autonomia da mulher enquanto protagonista da vivência. Nesta perspectiva, pretendemos levar até o leitor o resultado de um estudo, proveniente da Graduação em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, que buscou compreender as ações e orientações desenvolvidas pelos enfermeiros com relação ao direito à informação e à escolha da via de parto pelas gestantes à luz da educação emancipatória. O trabalho abarca três capítulos: no primeiro, apresentamos uma síntese das legislações e Políticas Públicas que permeiam a assistência ao parto no Brasil e a atuação do profissional enfermeiro no ciclo gravídico-puerperal; no segundo, contemplamos brevemente os aspectos éticos e metodológicos utilizados pelas autoras; por fim, o terceiro capítulo se refere aos resultados do estudo de campo com Enfermeiros de Estratégias de Saúde da Família, promovendo uma reflexão acerca da educação emancipatória como ferramenta essencial à autonomia e protagonismo pela gestante para a escolha da via de parto.