Este livro retrata a história de uma moça cujo nome é Brasília (em um sentido metafórico a autora se refere à cidade) . Ela tem um pai que a mima muito, mesmo Brasília sendo irresponsável e gastando um dinheiro indevido. Clemente o pai da moça vive dizendo: "Pra Brasília não tem tempo ruim... Quem pode com Brasília?". Clemente finge ser manipulado por Leopoldo, seu mordomo (na verdade, o chefe é igual ou pior que o empregado), fazendo com que tanto a família quanto a população fiquem horrorizadas com os seus atos. A pretensão dele é mostrar para o povo que quer somente o bem de sua filha e, então, age assim para defendê-la. Procura arranjar um marido rico para a moça. O pretendente a genro além de falar direito, para um chefe ignorante em quase todas as questões exigidas a um ser humano que se preze, tem de ter voz grave e, ainda, para piorar a situação, tem de ficar numa fila a se perder de vista, sob um sol escaldante. O infeliz candidato ainda tem por obrigação mostrar ao chefe que é muito macho e que tem uma quantia indecente (em espécie). Após exibir provas disponíveis apenas em um banco, a boa aparência acaba sendo uma exigência quase banal para ter Brasília como esposa. Por isso por qualquer desafio que só o vento traz assoprando, ele grita aos quatro cantos: "Qualquer pobre que se aproximar de Brasília apanha na cara de mão aberta", ou seja... Pobre em excesso não passa por Brasília, porque Brasília é luxo para engravatados. Qual nada! Depois de um bom tempo selecionando, os dois picaretas vendo que os rapazes pobres insistiam em passar pela seleção, resolveram dar um golpe dizendo: "Se um pobre comprar uma égua entra na seleção como um dos pretendentes a Brasília, mas aqui é preto no branco. É melhor uma égua numa mão do que duas voando. É uma égua numa mão e o dinheiro na outra". Assim, quase todo o pasto foi embora.