A cidade é o espaço que o homem criou e escolheu para habitar. Desde milênios, muitos seres humanos deixaram de viver no meio ambiente natural e, em seguida, foram surgindo os assentamentos humanos, ponto de partida que deu origem às cidades. Criaram eles, então, condições para transformá-las num centro de convivência e trabalho. Assim, de acordo com sua cultura e necessidades, esse centro foi se desenvolvendo. Homens e mulheres, transformaram-no no seu novo hábitat; desenvolveram artificialmente ecossistemas para si, um "ecossistema alternativo". Esse hábitat criado, além de lhes oferecer sustento material, ainda deu oportunidade para esses humanos se expandirem em todos os sentidos: social, intelectual, moral e espiritual.
Então, a exemplo dos ecossistemas naturais, as cidades deveriam ser preservadas tanto para atenderem às necessidades daquela geração, como para as gerações futuras, tendo sempre como meta nutrir, manter e preservar a qualidade de vida dos seus habitantes. Lembrando: "habitantes", do latim habitat, verbo transformado em substantivo proparoxítono na nossa língua, são as circunstâncias que oferecem condições para a vida com qualidade.
Através da educação ambiental, a proposta deste estudo é tecer considerações sobre o meio ambiente urbano com seus problemas ambientais, e apresentar possíveis soluções que estão ao alcance de qualquer cidadão. E mais especificamente, considerações sobre o lixo doméstico, esse indesejável "companheiro" de todos nós na trajetória da nossa existência; companheiro que nos acompanha desde o nosso nascimento, quando ganhamos um pacote de fraudas descartáveis, até a hora em que nos carregam para a sepultura junto com muitas flores, também elas descartáveis.
Não tenho dúvidas, a nossa cidade, o nosso hábitat, se tronará mais "habitável" para nós e para as futuras gerações.