O estudo de cada disciplina exige leitura, mas não a leitura decifrada e, sim, a leitura da compreensão. A leitura de um documento histórico (por exemplo, a Carta de Caminha ou um texto literário de uma dada época) precisa ser feita de forma a aproximar o aluno daqueles tempos passados. O professor precisará de recursos didáticos para viajar com eles pelo túnel do tempo. A escrita também, como a leitura, é coisa que se molda no vaso que a contém. Em cada disciplina a escrita exigida é diferente. Consideremos o caso das notações matemáticas, por exemplo. Para registrá-la, o aluno precisa conhecer, ainda que de forma inicial, a linguagem dos matemáticos. Algo semelhante ocorre com a História. Escrever sobre fatos históricos ¿ ainda que da história de vida do aluno - requer um caminhar firme sobre o terreno das palavras que transmitem referenciais temporais e espaciais ligados à existência humana ao longo da História. Não se trata, é claro, de dar datas precisas de fatos isolados, como se fazia outrora, o aluno como espectador passivo. Atualmente, torna-se necessário que os lunos compreendam a sociedade em que vivem como participantes que dela são. E é isso que o colega Tiese Júnior pretende com este livro: compartilhar, com os demais professores da disciplina, exemplos de atividades em que a História chega até o aluno em suas vivências cotidianas, tornando os estudos cheios de significado.