Desde 1909, quando Nilo Peçanha assinou o decreto nº 7.566, que criou nas capitais dos Estados as Escolas de Aprendizes Artífices, a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) tem patinado à margem do sistema educacional brasileiro. Em um processo de contradições entre a educação e o capital, a luta por uma formação omnilateral na perspectiva da emancipação humana, faz um movimento similar a um pêndulo. Se por um lado, pode-se considerar que os anos 2000 retiram a EPT da periferia educacional e a traz para o centro, uma vez que a legaliza como uma modalidade da educação básica, por outro, não há, na atualidade, políticas de estado que consolidem a perspectiva da integração indissociável entre a formação propedêutica e a formação técnica. Assim, um dos desafios dos cursos de Pós-Graduação na EPT ou na Educação Tecnológica (ET), está em melhor compreender as concepções que cerceiam essas temáticas e também, na possibilidade de trazer a tona dados de pesquisa que sejam relevantes para a tomada de consciência de quão importante é conhecer as instituições de EPT, podendo assim, evidenciar as lutas, os desafios e os avanços na perspectiva da formação integrada dos seres sociais. Sendo assim, esta obra apresenta resultados de pesquisas diversificadas na EPT, oferecendo aos leitores uma lista ampla de possibilidades para a discussão e o debate entre as formas e os modos de se conceber a educação para o mundo do trabalho no século XXI.