A partir de 1917, com a entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial, a diplomacia brasileira iniciou um período de projeção global rumo à Europa, expandindo seus horizontes para além do panamericanismo tradicional. As elites oligárquicas da República do café acreditavam que a posição do Brasil no mundo pós-Versalhes era exemplar. O governo Artur Bernardes lançou-se em intensa campanha na Liga das Nações para, em nome da América, tentar obter um assento permanente no seu Conselho. Ao retirar-se da Liga, em 1926, o Brasil distanciou-se das questões europeias e procurou refazer sua rede de amizades no continente americano, buscando uma reaproximação com os países vizinhos da América do Sul. O isolacionismo hemisférico marcaria essa nova fase da política externa, de afastamento político da Europa e retorno à esfera continental. No plano econômico, a competição estrangeira intensificou-se no pós-guerra, e a disputa pelo mercado brasileiro atingiu níveis sem precedentes. Verificou-se no Brasil dos anos 1920 uma transição de poder da Grã-Bretanha para os Estados Unidos nas áreas de comércio exterior, investimentos diretos e empréstimos. É na década de 1920 que os interesses norte-americanos conquistam o lugar de preeminência que sempre terão na economia brasileira do século XX.