ENTRE LÍNGUAS

Neste livro, já sopram os “ventos de mudança”, como Mattos Brahim e Hibarino aqui apontam, deixando fluir a ousadia necessária para organizar uma obra que reflita a percepção da necessidade de novos ares na academia. Com elaborações acadêmicas que optam por destacar as pluralizações, eu só poderia mesmo esperar que as temáticas aqui focalizadas não receassem as “crises” e tratassem de questões contundentes da sociedade hibridizada pelos valores das sociedades da escrita e digital em que vivemos. Neste livro, as discussões giram em torno de educação multicultural e pluralista, vivências e experiências, epistemologias e práticas locais/localizadas, a relevância do castelhano [e não apenas do inglês e do português] no que concerne trocas simbólicas e construções de significados. Verifico que é um livro que se volta para expandir as visões conceituais de homogeneidade, padronização, normatividade e generalização em prol de preocupar-se com agência, crítica, criatividade e empatia. Seriam esses os ventos da “nova academia” ? Me contem depois se acham que sim. São Paulo, 10 de dezembro de 2019. Walkyria Monte Mór