A gestão pública de Belém, o povo da cidade nazarena do Brasil, a ciência social nos referenciais da Administração contemporânea, o governo em rede, ainda uma febre incontida, são muitos os ganhadores com esta iniciativa. Ao invés de intimidado com a linguagem própria dos especialistas, inclusive de figuras e gráficos abundantes, leitorado, navegue o texto com tranquilidade, porque ele nada de banal tem, sendo também nada exemplar de pedantismo especializado, o que assegura um conhecimento da cidade, seu governo, suas injunções e suas contingências. Aliás, é um estudo que contribui para melhor compreensão da política de finanças, que enreda uma questão fundamental da vida social e da dinâmica do viver coletivo: a entrega ao Erário público, pela população, de parte dos ganhos de seu labor privado, com vistas ao proveito e aplicação virtuosos. E efetivamente avança na faina de capturar, da percepção do usuário-cidadão-munícipe, os elementos para uma avaliação do impacto desse serviço público-estatal. Estamos longe de alcançar – porque há o requisito de antes se erguer uma República que nasça da plena democracia. Impossível enquanto a população comum não tenha o direito de exercer as delícias do conhecimento, no caso, de que a realização da política – e do uso dos recursos que recolhe – não deve ser apenas o prêmio, que hoje são – nos manejos de sistemas oligárquicos aparentemente insuperáveis. Valeu, Adélia! Ajudou a deslindar. Faça ainda mais. Antonio Fonseca dos Santos Neto Coordenador do PPGP – UFP