Considerada a primeira antologia deste gênero, "Érótica" de Charlotte Hill e William Wallace, certamente despertará curiosidade. Não só por conter diversos textos que foram proibidos, banidos ou distribuídos reservadamente no passado, mas também por ser ricamente ilustrado, apresentando no decorrer do livro diversas fotos coloridas, confeccionadas em papel couche. Apresentando uma seleção estimulante dos melhores exemplos de arte e da literatura eróticas, com contribuições de nomes conhecidos, além de algumas surpresas, esta obra abrange dois mil anos de literatura erótica - da Roma Clássica e do Antigo Oriente aos romances de D. H. Lawrence e Henry Miller. O livro se distribui em três partes: O momento do desejo, Os requintes da paixão e O fruto proibido. Na primeira parte, é transcrito e analisado um trecho da obra do escritor inglês Frank Harris. Logo depois, encontramos Henry Miller, apresentando trechos de Fanny Hill ou Memórias de Uma Mulher de Prazer. O Satyra Sotadica, de Nicolas Chorier, vem a seguir, terminando com o texto de Giacomo Casanova. A segunda parte se inicia com o poeta japonês Ikkyu, do século XV. A seguir, um trecho do manual de amor hindu Ananda-Ranga, de Kalyana Malla, com as posições e procedimentos do amor sexual no ano mil. Logo depois, há os versos do único latino-americano da antologia: o poeta chileno Pablo Neruda. Em se tratando de requinte apaixonado, essa parte do livro não poderia deixar de trazer a contribuição de D. H. Lawrence: o clássico "O amante de Lady Chatterley. Uma presença marcante e também consagrada é a de Anaïs Nin. Ainda nessa parte temos o maior escritor do século XX, James Joyce. Aí está também incluído Giovanni Boccaccio, autor do Decamerão, série de cem narrativas eróticas, satíricas e anticlericais.