ESFINGE MIDIATICA, A

A imprensa é considerada um quarto poder, uma força legitimada da vigilância civil sobre o aparato governamental. Como dever de guiar a Opinião Pública é suplantado pelo desafio de preservar a própria saúde financeira, mais do que informar, a imprensa tornou-se simplesmente uma indústria. Este panorama estende-se ainda mais com o surgimento da mídia eletrônica ''cinema, disco, rádio, televisão'' configurando-se com uma espécie de determinismo cultural. A ¨esfinge midiática¨ provoca em muitos acadêmicos o sentimento da busca e da compreensão para desvendar a relação entre o sistema midiático e a sociedade. Povoando o imaginário daqueles que se devotam ao estudo e compreensão das mídias, nas empresas e nos governos, na academia ou na sociedade civil, esta ¨esfinge¨ permanece como uma ameaça às nossas sociedades. Esse é o cenário de A Esfinge Midiática, do pesquisador e professor José Marques de Melo, que apresenta uma reunião de textos que traduzem um esforço desenvolvido dentro e fora da academia, no último decênio, de ¨desvendar a esfinge midiática¨. A obra propõe um estudo esboçando hipóteses e promovendo pesquisas, tentando superar os temores que nos afligem coletivamente, apresentando fatos, idéias, hipóteses, interpretações, para estimular o pensamento midiático brasileiro, superando a inércia e a hesitação que vem ocorrendo na passagem do século. A expectativa do autor é de que a obra acelere ainda mais os estudos do pensamento midiático, acossado em parte pela velocidade das mutações tecnológicas que nos confundem, mas fustigado também pela sensação de desamparo intelectual decorrente da crise das ideologias. A Esfinge Midiática é dividida em três conjuntos, que estão distribuídos nos seus 20 capítulos. O primeiroconjunto é formado por ensaios destinados a ordenar o campo midiático, no universo comunicacional, pelo aspecto histórico.