Esperando o fim de semana discute o que o sábado e o domingo representam para a sociedade e as diferentes formas de encará-los - e esperá-los - durante os séculos. Especialista em aspectos culturais, históricos e técnicos de habitação e urbanismo, Rybczynski constrói um panorama sobre o trabalho, o lazer e a recreação. O que parece óbvio ganha novos ares em suas mãos. O autor também aborda a história do uso de casas de campo e veraneio, os hobbies e a tradicional happy hour das sextas-feiras. E traça uma linha evolutiva das formas de diversão de fim de semana. Em tempos de culto ao deus Baco, Aristóteles já havia reconhecido o lazer como condição primordial para felicidade e exercício da filosofia e das artes, mas somente com a rotina de trabalho e a massificação da produção instituiram-se dois dias na semana dedicados à recreação. Ainda que os feriados sejam tão antigos quanto a própria organização em sociedades, a quebra sistemática da rotina de trabalho só ocorreu no século XX. O ar de alívio estampado no semblante de todos os trabalhadores ao fim de cada sexta-feira é um advento tipicamente moderno, que surgiu com o vapor das primeiras fábricas. Em 'Esperando o fim de semana', o ensaísta Witold Rybczynski duvida da máxima que diz que o trabalho dignifica o homem e analisa a relação que temos com o lazer e o trabalho. Seria o trabalho o preço a se pagar pelos dois dias de recreação, ou o lazer uma preparação para os dias de labuta que se sucederão? Rybczynski afirma, ainda, que para muitos, o tempo livre se transformou em algo tão trabalhoso quanto os dias de semana, quando cumprimos uma rigorosa agenda de compromissos.