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Sinopse
Se preconceitos existem nessa literatura (e são facilmente encontrados), se devem ao fato de Monteiro Lobato ter sido um fiel reflexo da Sociedade e dos Tempos que lhe foram dados a viver. E não por ter sido, ele próprio, um escritor preconceituoso. A nosso ver, a maioria das críticas feitas ao universo da literatura infantil brasileira, pelos analistas do “ideológico” que ali pode ser detectado, sofre dessa distorção: apresenta a literatura como preconceituosa, em lugar de mostrá-la como fiel transmissora de um sistema preconceituoso, cujos valores (ou desvalores) ainda vigentes precisam ser eliminados do nosso viver. (É claro que é essa a intenção dos “analistas do ideológico”, mas não é isso que se evidencia em seu discurso crítico. O que fica é o ataque à obra analisada.)
O acusado “racismo” lobatiano (principalmente encarnado em Tia Nastácia) é, a nosso ver, uma mera representação do racismo açucarado que, no dia a dia, define a atitude do brasileiro em relação à raça negra. O que esse racismo tem de negativo (“açucarado” ou não) obviamente resulta do racismo que o mundo “branco” disseminou por toda parte, durante seu avanço colonizador na conquista do mundo do Poder e do Progresso, que é o nosso.
Da mesma forma, o acentuado “aristocratismo” de Lobato provém dos generosos ideais liberais, que entregam às minorias esclarecidas a responsabilidade de promover o progresso social e resolver os grandes problemas da humanidade.
Nietzschiano convicto, Monteiro Lobato foi dos que viam, no indivíduo de exceção, o motor que movia o progresso do homem e do mundo. Daí, o individualismo radical de Emília, que só não é sentido como “feroz” porque a gaiatice e graça com que ela o exerce atenua seu despotismo e desrespeito humano.
Muitos e muitos poderiam ser os fatores controversos a serem analisados, no sentido de se perceber a importância da obra lobatiana como visceralmente representativa da época de transição que o nosso século vem vivendo. Confluir de águas do passado e do presente de seu tempo, a obra de Lobato (principalmente a escrita para a meninada) é das que exigem hoje uma leitura crítica, para além da que visa o mero entretenimento.
Em lugar, pois, de ser eliminada do elenco de leituras a serem sugeridas à criançada, ela deve ser dada como proposta de discussão, debate e reflexão. E, sem dúvida, esse corpo a corpo com o texto se transformará em emoção e no prazer do entretenimento..." (Nelly Novaes Coelho - Professora Titular da USP, Crítica Literária)
Ficha Técnica
Especificações
| ISBN | 9786589841463 |
|---|---|
| Subtítulo | 26 AUTORES EM BUSCA DE UM HERÓI NACIONAL |
| Pré venda | Não |
| Organizador para link | KWAK GABRIEL |
| Peso | 400g |
| Livro disponível - pronta entrega | Sim |
| Dimensões | 23 x 16 x 3 |
| Idioma | Português |
| Tipo item | Livro Nacional |
| Número de páginas | 304 |
| Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2025 |
| Código Interno | 1153918 |
| Código de barras | 9786589841463 |
| Acabamento | BROCHURA |
| Editora | LETRA SELVAGEM |
| Sob encomenda | Não |
| Organizador | KWAK, GABRIEL |
