Minha sacola

    EU, QUE NÃO AMO NINGUÉM

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    Sinopse

    "No Nordeste dos anos 1960, João de Isidoro recebe uma tarefa do pai de santo para quem trabalha: descer o rio São Francisco até Penedo, em Alagoas, e levar a Francisco dos Anjos, senhor de engenho, um pó que atrai mulheres. Decide, porém, entregar um falso feitiço e sumir com o pó verdadeiro. Como bom anti-herói, João de Isidoro acaba por se submeter aos solavancos de sua sina e se torna empregado cativo de Francisco.

    Algumas características do protagonista podem trazer à memória do leitor pícaros ou malandros como Leonardinho, de Memórias de um sargento de milícias. No entanto, mais instigante que buscar antepassados literários é pensar no que há de singular neste romance: o modo como apresenta as transformações impostas pelo progresso numa sociedade em que modernidade e atraso, opressão e solidariedade convivem.

    Durante uma fuga, João encontra Jurupari, ser do folclore indígena. O caboclo assustador diz que ele deveria contar aos homens “todas as coisas que presenciasse naquelas terras, mas deveria esconder os fatos que criassem confusão, e mentir também um pouco”. A magia de uma aparição como essa é contestada adiante: um lobisomem que urra e tenta arrebentar a porta trancada se revela afinal apenas um pobre homem numa situação cotidiana. Absurda, mas cotidiana.

    O Nordeste interiorano, outrora mágico, está em fase avançada de desencanto. O progresso que expulsa os antigos mistérios é também o que condena um poder baseado numa economia ultrapassada. Como o leitor pode desconfiar, a salvação do patrão reside em João de Isidoro. A mentira preconizada por Jurupari ganha tintas utópicas na narrativa do criado: o engenho pode ser refundado, desde que em novas bases, por meio da conciliação e da participação popular.

    Detentor de um estilo cuja beleza não precisa jamais se fantasiar de proeza, Franklin Carvalho, como em Céus e terra, merecido ganhador de vários prêmios, parece extremamente à vontade ao retratar um Brasil que resiste à modernização. Se, como disse Picasso, a arte é uma mentira que permite revelar a verdade, Eu, que não amo ninguém, por ocultar de forma habilidosa os aspectos mais brutais de um Brasil patriarcal, desigual e violento numa história de costumes, é verdadeira literatura."

    Estevão Azevedo

    Ficha Técnica

    Especificações

    ISBN9788566887730
    Pré vendaNão
    Peso240g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaSim
    Dimensões21 x 14 x 1.2
    IdiomaPortuguês
    Tipo item49029000-JORNAIS E PUBL PERIOD;IMPRESSOS;OUTROS;
    Número de páginas192
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2021
    Código Interno943651
    Código de barras9788566887730
    AcabamentoBROCHURA
    AutorCARVALHO, FRANKLIN
    EditoraREFORMATORIO **
    Sob encomendaNão

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