Será um evento acolhedor, dialógico e criativo, onde todos se preocupam com o regozijo de todos? Ou um evento formal, impositivo e eficientista, no qual a construção do consenso tem por base a contenção do interesse do outro?
O direito tem a prerrogativa de trazer a justiça? O conflito é considerado algo negativo? É possível a criação de um novo paradigma de justiça na sociedade? Seriam as universidades capazes de propiciar mudanças no cenário jurídico-cultural do século XXI?
Estas e outras tantas perguntas embasam o tema de discussão desta obra, na qual, por meio de metáforas, os sujeitos atores de pesquisa transitam por papéis ambíguos de adesão e resistência ao Cejusc (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania).
Festa ou solenidade?
Um ato coletivo evento onde magistrados, anfitriões/donos da casa, possuem prerrogativas, mas também compromissos para seu bom andamento; procuradores de justiça, convidados/convocados, percebem a ideia do evento como interessante, mas têm em mente que a autocomposição não se aplica ao direito público; e conciliadores/mediadores, os que abraçaram a causa, descortinam os bastidores de uma causa que não os abraçou.
Com uma linguagem fluída, de forma objetiva e didática, esta obra aborda um tema de grande relevância no cenário jurídico nacional, principalmente com a entrada em vigor do NCPC (Novo Código de Processo Civil) e da Lei de Mediação, leis que vieram a consolidar a Política Judiciária de Tratamento de Conflitos criada pela Resolução 125/CNJ.
Sua estratégia pauta-se sob o referencial teórico Boaventura de Sousa Santos, contributivo ímpar a enriquecer este trabalho pioneiro e corajoso, que busca, por meio de uma análise crítica e construtiva, envolvendo aspectos jurídicos e sociológicos, o aprimoramento desta política pública para o Acesso à Justa Justiça.