GIRASSÓIS & BURAKOS NEGROS

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a dança do emaranhado qântico



pela manhã vejo resquícios de poeira cósmica exalando na fumaça do café & todos os volumes ou talvez quase isto daqueles zines girassóis translúcidos espalhados pela mesa na sala e me recordo que no futuro foi publicado este livro em algum lugar do passado com seus manuscritos ao q no fim da tarde entro na live onde acontece uma conferência entre Alice Sartre Cecília Katrina Dulcineia Maldoror Emily Olhos dGirassol Lady Serial Killer Magdalena Volveryne e Rosa Negra de Jerikó absolutas no kaos pleno então despejo sensações que não cabem classificar por gêmnero literaryo pra dar conta de sóbrios delírios em escrita automática os papéis se espalham com o vento que (s)urge ao redor da casa quebram com suas telas de cristal líquido ao se espatifarem no chão frágil e abrem/se os grotões entranhados do inferno q ao olhar seu fundo elevo/me aos céus por que em mentiras ou verdades inventadas vos digo prezado/as leitore/as:



não

eu não caí

eu mergulhei

fui-ver o qe o abismo tinha a medizer



e sigo resiliente a trilha das psilocibinas deixadas pelos cyber punks joão e maria que me remetem às mitologyas todas reunidas & estraçalhadas na boca da loba poeta voraz deglutindo para transformar restos mortais em quintessência alkímica além do que se possa considerar distopya ficção cientifika ou coisa que os valha no planeta das milicyas (.)



desligar o botão da racionalidade ilógica é item básico para acessar esta dimensão de páginas catalogadas pelos dragões de syrius (.)



antes de embarcar esvazie a mente respire e se permita experienciar livremente pelas paragens que se apresentam aqui com a clareza de terroristas iluminados pela zona autônoma temporária sem tempo ao tempo para apurar os fatos ou factoides astraes (.)

Caco Pontes – @cacopontes



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