GUERRA DOS PNEUS, A

Enfrentar uma epidemia de dengue e Zica no Brasil em 2015 e 2016, quando em 2003, no estado do Paraná, a dengue foi erradicada (redução de 99,7%) com diversas ações a partir do recolhimento de pneus velhos, é de se surpreender e até espantar. Ao analisarmos mais a fundo este assunto, entretanto, percebemos algo bem maior por traz de tudo isso. Este livro traz a oportunidade de mostrar aos leitores importantes questões de meio ambiente, no setor de pneus do País, que parecem estar sendo solucionadas, mas, na prática, estão retrocedendo.Em 2008, houve uma grande mudança na resolução que tratava do tema. Antes, os fabricantes e importadores tinham que coletar e destruir cinco pneus velhos para cada quatro importados e/ou produzidos no País. Isto possibilitava reduzir o interminável passivo de décadas, quando os pneus eram lançados, sem qualquer critério, em terrenos baldios, ruas e rios.A pedido das multinacionais fabricantes de pneus foi elaborada uma 'fórmula' que mudou, substancialmente, o critério de recolhimento do pneu-lixo. Isto ocasionou o maior retrocesso visto até hoje na legislação do meio ambiente brasileiro relativa aos pneus.As empresas multinacionais de pneus instaladas no Brasil, que monopolizam setor, foram as únicas beneficiárias de tal mudança. O meio ambiente perdeu o jogo e, somente agora, esse assunto vem à tona com todos os matizes de um 'escândalo oficial'.Conheça neste livro os fatos e a história da Guerra dos Pneus, um embate travestido de 'Bandeira Ambiental' para privilegiar um setor econômico.