Nas páginas se explica a mirabolante transformação de um pequeno burguês austríaco em onipotente líder, operada por um grupo de gente tão inteligente quanto inescrupulosa. Hitler foi financiado por industriais e capitalistas alemães e internacionais, não assumiu pelo voto popular, mas foi ovacionado pelo povo. Mistérios não faltam. As grandes batalhas da II Guerra aqui formam a moldura para a insanidade megalômana hitlerista e seus crimes diabólicos que não se limitaram aos campos de extermínio e nem aos seis milhões de judeus. O heroísmo de indivíduos para salvar perseguidos era o único tênue raio de sol na escuridão. A aposta nazista, ainda fim 1944 /início 1945, era reverter as derrotas bélicas e conquistar o mundo por faltarem poucos meses para finalizar o desenvolvimento da bomba nuclear. O nazismo não acabou com a rendição, pois se espalhou pelo mundo através de assassinos fugitivos levando suas imensas fortunas roubadas. Havia muitos processos contra criminosos de guerra, mas poucas condenações, graças à interferência da Igreja evangélica alemã e alguns políticos americanos. O primeiro governo democrático sob Adenauer reinstalou pencas de sanguinários nazistas nas repartições federais. As sequelas do reino nazista são sentidas até hoje. Uma delas é a discussão sobre a culpa do povo alemão, espinhosa questão que ganhou ímpeto a partir dos anos 1980; até lá só havia silêncio sobre o genocídio.