Esta não é uma história clássica da contraespionagem, não é uma aventura tradicional de espiões e caçadores de espiões, não é um testemunho habitual contado por um ex-agente secreto. A história aqui contada é real e faz parte da epopeia do povo cubano, da luta de um pequeno país contra um grande país que sempre aspirou dominá-lo e possuí-lo. Isso, dificilmente é uma escaramuça nesta batalha de Davi contra Golias, contada por um de seus protagonistas. Apenas uma parte dela é revelada aqui, uma das muitas faces desta guerra total. A guerra que a CIA desenvolve contra a juventude cubana. Parte da saga de Raúl Capote relatada neste livro, serve também, como um verdadeiro roteiro cinematográfico em que o protagonista atua com tal brilhantismo que mereceria ser o vencedor do Oscar. No entanto, sem contar com qualquer formação ou treinamento para atuação, consegue driblar a Cia se passando por simpatizante, sem vacilar em nenhum momento. Esta é uma história de (mais) um herói, de um povo que resiste bravamente ao assédio incessante do país mais poderoso desses tempos que vivemos, que assedia Cuba de todas as formas possíveis há mais de sessenta anos, sem conseguir que essa pequena ilha se dobre a seus desígnios.