Esta obra de Manuel Viegas Tavares flui entre duas margens, a Educação e a Antropologia, que nunca se perdem de vista, exactamente como a acção que o autor tem desenvolvido ao longo de décadas. Profundo conhecedor do fenómeno educativo, como a sua vasta e prestigiada carreira no Ministério da Educação atesta, desde sempre que a Antropologia foi o seu campo de investigação. Não uma Antropologia livresca e especulativa mas a ciência onde o Homem interroga o outro Homem, onde questiona angustiadamente porquês e onde Viegas Tavares tenta descortinar como pode servir melhor os outros homens. As minorias surgem na sua obra como símbolos maiores das vítimas que somos todos os que vivem na sociedade que deixámos que criassem e a educação como a última resposta e a derradeira esperança, na esteira da corrida entre a Educação e a Catástrofe que H. G. Wells profetizava.