Olá leitores e leitoras... Imagino a possível surpresa ao folhear as primeiras páginas desta obra e apreender que a mesma é composta por cartas. Muitos de vocês indagarão: por que uma coletânea ancorada na escrita autobiográfica, no formato carta, sobre as vivências experienciadas no contexto da pandemia, cujos tempos presentes são marcados pela conectividade e mensagens curtas trocadas por meio virtual? Pois é!!! Essa mesma indagação fiz quando pensei sobre a proposição do Projeto de Extensão Vida e pandemia: narrativas em quarentena, o qual se constituiu como um espaçotempo virtual de partilha de histórias entre os membros do Grupo de Pesquisa Geo(bio)grafar sobre a vida no contexto de isolamento/distanciamento social e do enfrentamento da Covid-19, intencionando tematizar os impactos da pandemia na vida cotidiana e refletir sobre a existência humana. O segundo passo foi colocar em cena a partilha das narrativas sobre as vivências, no formato de carta, as quais foram encaminhadas, via e-mail, para os colegas que, semanalmente, no momento nomeado Encontro Café, Prosa e Narrativas, socializaram as suas impressões sobre as reflexões tecidas pelos escritores, a partir da leitura e interpretação das escritas. Os desdobramentos desta proposta agora materializados em duas coletâneas Isolar para viver: grafar, narrar e reinventar a vida e Isolar para viver: experienciar, sentir e narrar a vida retratam o nosso desejo de deixar grafados os sentimentos, as vivências, as experiências, os modos como cada um de nós, membros do Geo(bio)grafar, se encontrava diante desse novo tempo, reafirmando a relevância de grafar o vivido e reinventar a vida. Muitos de vocês, certamente, se identificarão com os enredos das histórias narradas e quem sabe, serão seduzidos a colocar no papel o que a memória guarda sobre o experienciado no devir da pandemia. Então, que tal começar agora Inspirem-se.