LUZES E SOMBRAS

Adelaid Eckle é uma jovem alemã recém-formada em medicina que tem a oportunidade de trabalhar em um dos maiores campos de concentração que opera durante o Holocausto — o campo de Dachau. Esse campo estava sob o comando de seu pai, Andreas Eckle, e, diferentemente de outros campos, como Auschwitz, era um local de produção, e não de extermínio em massa. No final de 1944, quando Adelaid se muda para a casa de seus pais e começa a trabalhar ali, a Segunda Guerra estava por um fio para os nazistas, e sua missão como médica é garantir a saúde dos guardas e o controle de doenças que alarmavam os presos e ameaçavam os soldados. Mas, assim que chega, Adelaid se depara com um ambiente sombrio de morte e sofrimento, composto também por um clima de medo e preocupação entre os nazistas pela ameaça do fim da guerra. Nesse cenário, ela se vê desafiada por seus pais a provar sua capacidade de exercer a medicina. Durante sua residência naquele lugar desumanizado, ela conhece Isaac Goldstein, um jovem judeu com habilidades extraordinárias que prestava serviços para sua mãe, Magda Eckle, em nome de seu desejo em agradar a alma artística de Hitler. Karl Himmler, um capitão nazista ambicioso e sem escrúpulos, juntamente a Gerta Thomann, uma enfermeira de espírito frio e impiedoso, passam a fazer parte do cotidiano de Adelaid e mostram o que era a ciência e a prática médica no Terceiro Reich. Dividida entre o que sentia por sua família e sua repulsa pelos atos de violência e crueldade contra os prisioneiros dos campos de concentração, Adelaid ressignifica sua profissão ao enfrentar os desafios dos experimentos médicos nazistas e ao buscar alternativas de tratamento para os presos, com pouco ou nenhum recurso e em um período no qual as descobertas médicas estavam em plena ebulição. Confusa em seus sentimentos, Adelaid conhece Benjamin, um menino judeu que ficava sob os cuidados de Isaac. E, dessa relação com o pequeno Benjamin e sua gatinha Tufi, Adelaid aprende um pouco sobre o melhor do judaísmo e descobre um novo significado para a palavra amor.