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    MÃES INFAMES, FILHOS VENTUROSOS

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    Sinopse

    Joaquim Nabuco definiu a infância como “os últimos longes da vida”. Já Lima Barreto lembrou da primeira fase de sua vida a partir de um momento específico: quando sua professora entrou na classe e avisou que não existiam mais escravos no Brasil. Como eles, foram muitos aqueles que olharam encantados para suas meninices. Esses são, porém, relatos de personagens que nasceram livres ou que, no máximo, assistiram de longe o perverso espetáculo da escravidão. Já Marília Ariza nos leva para bem perto.

    Nesse livro, tão impecável em sua escrita sensível quanto academicamente irretocável, a historiadora seleciona novas questões para um material antigo ou, então, mais conhecido. De olho na “menoridade civil”, ela destrói (pre)conceitos arraigados, mas que ainda continuam ecoando no presente, como a tese que apresenta mães negras “desnaturadas”, com seus filhos abandonados, soltos na vagabundagem. Explorando documentos variados, a autora analisa as condições de vida de menores na capital paulistana oitocentista, chegando ao contexto da emancipação e do pós-abolição.

    O livro é devastador. Na primeira parte mostra a realidade dessas mães empobrecidas, e em geral solteiras, que, quando comparadas aos modelos de famílias estruturadas e burguesas, apareciam definidas como “inadaptadas” quando não “degeneradas”. Na segunda, apresenta seus rebentos, não raro entregues aos “cuidados” de terceiros, e submetidos a regimes de trabalho pesados. Lá estão as figuras das molecas, que aparecem nas fotos ao lado de seus patrões, com seus cabelos desgrenhados e as roupas sujas e rotas de tanta labuta. Lá estão também as imagens dos meninos de recado, ainda descalços a despeito do final da escravidão. Nessas horas, infância não é marcador social de geração, mas antes de classe: do mundo do trabalho que nessa época não tinha idade ou carteira de identidade.

    Mas Marília faz mais: devolve a seus leitores as grandes e pequenas agências de seus personagens e o tamanho das contradições que o mundo da escravidão nos legou. Esse é o passado do presente; são os fantasmas da nossa sociabilidade que se espelha na Europa, mas mantém os pés firmes na barbárie.


    Lilia Moritz Schwarcz
    Professora Titular da
    Universidade de São Paulo
    Visiting Professor na
    Universidade de Princeton

    Ficha Técnica

    Especificações

    ISBN9786586081688
    SubtítuloTRABALHO, POBREZA, ESCRAVIDÃO E EMANCIPAÇÃO NO COTIDIANO DE SÃO PAULO (SÉCULO XIX)
    Pré vendaNão
    Peso500g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaNão
    Dimensões23 x 16 x 2
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas476
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2020
    Código Interno933064
    Código de barras9786586081688
    AcabamentoBROCHURA
    AutorARIZA, MARÍLIA B. A.
    EditoraALAMEDA
    Sob encomendaNão

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