Talvez o maior mérito dos autores de Mais Forte tenha sido o de transmitir ao leitor, com riqueza de detalhes e agilidade jornalística, um universo que, diante da grandiosidade de uma Olimpíada, fica, à primeira vista, praticamente invisível. Porém, sem a retaguarda de uma segurança especializada, que envolve incontáveis elementos, jamais os atletas poderiam encantar a plateia com recordes e feitos extraordinários. E muito menos o público poderia desfrutar do espetáculo com tranquilidade. O desafio, no caso do evento no Rio de Janeiro, foi redobrado em função do momento político e econômico desfavorável; isso para dizer o mínimo. Mas, em meio a um clima de instabilidade e desconfianças, o que se viu foi uma postura otimista dos responsáveis pela segurança, que encararam todos os desafios como se estivessem diante de uma verdadeira disputa olímpica. Nesse caso, o adversário era uma complexidade que se multiplicava na medida em diminuíam os recursos econômicos disponíveis. Nesse momento, entrou em campo, ou em quadra, a agilidade e a competência de uma equipe de profissionais competentes, dedicados e muito bem treinados. Capaz, mais do que qualquer coisa, de responder com rapidez aos problemas que uma crise impõe. O resultado final e todas as peripécias desse trabalho, o leitor poderá conferir nessa obra, de fato, original.