Num congresso de estudos bíblicos, um famoso professor e sua rival evocam, em momentos diferentes, duas figuras singulares; o jovem Shelá e a mulher por quem ele está apaixonado, Tamar. Os dois vão narrar, de pontos de vista distintos, uma intriga passional que mostra quatro homens e uma mulher às voltas com costumes ancestrais que até os dias contemporâneos governam boa parte da população do mundo e que são fonte de conflitos e tragédias. O primeiro filho de Judá, Er, casa-se com Tamar. Como não a engravida, é castigado por Deus com a morte. De acordo com a tradição, compete ao segundo filho, Onan, assumir o papel do falecido. Onan se recusa a cumprir sua missão por considerá-la humilhante, optando por derramar seu sêmen sobre a terra para que a esposa não conceba herdeiros e Deus também o pune com a morte. Resta Shelá, que o pai não quer entregar a Tamar por temer que o rapaz tenha o mesmo destino dos irmãos. Desqualificada e privada de filhos, Tamar recorre a um ardil que se tornaria lendário e é recontado nesta obra.