MANUAL DE CERIMONIAL E PROTOCOLO

“Há 3 caminhos para o Sucesso: Ensinar o que se sabe Praticar o que se ensina Perguntar o que se ignora” (Monge Beda, inglês, 672-735) Recebi o honroso convite para escrever o Prefácio do livro “MANUAL DE CERIMONIAL E PROTOCOLO”, das queridas profissionais e amigas Andrea Nakane e Cristiane Costa Esteves, com grande surpresa e uma indisfarçável sensação de regozijo. Conheço a coautora Andrea Nakane há muitos anos e me tornei seu admirador pela competência de seu trabalho como professora universitária, escritora, palestrante e consultora empresarial, especializada em organização de eventos, segurança nos eventos e turismo. Nos cursos e palestras que oriento tenho o orgulho de tê-la no slide intitulado “Galeria de Mestres”. Com todos esses predicados, tornou-se uma das mais brilhantes Cerimonialistas e o seu vasto conhecimento na conceituação e na estruturação de um evento a tornou uma referência na área de eventos. A coautora Cristiane de Souza Costa Esteves é uma profissional especializada na organização de eventos sociais, área que desperta um enorme interesse dos profissionais de eventos, especialmente após a retomada no pós-pandemia. As famílias, as entidades, as empresas e os governos buscam no mercado profissionais habilitados que saibam o que e como realizar bons eventos e isso pressupõe a sua melhor qualificação. Há muitas boas referências em cursos e na literatura, porém, os mais de 30 anos de experiência da Cristiane são fundamentais para que os jovens talentos aprendam com quem já fez. Fui privilegiado pela leitura prévia do livro e encontrei um conteúdo que faz jus ao título de “Manual” (De acordo com o dicionário francês Larousse, a palavra "manual" pode ser usada como um substantivo masculino que se refere a um livro didático ou escolar que contém as noções essenciais de uma arte, ciência ou técnica). Arte – sim, o Cerimonial pode ser entendido como uma arte ao tratar de relações subjetivas (poder, status, culturas, crenças religiosas, hierarquia e relações internacionais) tendo como ferramenta o Protocolo (normas objetivas como Decretos, Leis, Portarias, Tratados, Convenções e Regulamentos) para compatibilizar expectativas de países soberanos, governos, entidades, organizações empresariais...para que exista uma convivência pacífica e cordial que resulte em benefícios para a sociedade. Ciência – O Cerimonial não é fundamentado em “achismos”, palpites ou “por que é legal fazer assim”. Seus conceitos são formados pelos legados de povos e da história da humanidade, tanto do chamado “mundo civilizado”, como das culturas que se desenvolveram em “terras distantes”. Disso, se pressupõe que os profissionais que militam nessa área conheçam elementos culturais diversos pelo estudo multidisciplinar e amplo. A ciência se faz de estudo em fontes seguras e confiáveis, experimentação e avaliação. Pesquisa é fundamental. Técnica – Este manual traz muitos casos concretos para aprofundar os ensinamentos. Temos em vigor no Brasil o Decreto Federal 70.274, de 1972, e a Lei Federal 5.700, de 1971, como as principais referências normativas do Cerimonial Público Brasileiro, mas a simples leitura monolítica dos textos não torna o profissional do Cerimonial público ou privado competente para executar seus mandamentos. Na aplicação da norma existe a arte da habilidade no trato institucional e interpessoal, a ciência do estudo do contexto histórico da época de sua edição e sobretudo da técnica de conduzir o evento de modo a não criar “constrangimentos ou ressentimentos desnecessários”. Unindo Arte – Ciência – Técnica temos um Manual completo! Parabenizo as autoras pela iniciativa, pela busca do melhor caminho para a compreensão do leitor e da perfeita harmonia com a narrativas dos casos recentes para facilitar o estudo. Sim, escrevi estudo e não simplesmente leitura, porque não estamos fazendo referência a um livro de estante, mas sim, de um manual para ser lido, rabiscado, referenciado, questionado e levado por todos os cantos para consulta. Muito do conteúdo dos meus cursos está inserido neste trabalho, por isso, iniciei o texto confidenciando minha indisfarçável sensação de regozijo, e como sempre digo nas minhas apresentações, nada é originariamente nascido da minha cabeça. Tudo aquilo que apresentei trabalhando como Chefe de Cerimonial no setor público ou como orientador de Cerimonial no setor privado aprendi com os outros, contando sempre com a sua generosidade. Aprendi lendo e vendo acertos e erros dos outros que me antecederam. Acertei e errei quando estive no comando da organização. Tudo foi um grande aprendizado e é justamente isso que venho apresentando para as pessoas ao longo dos anos. Lendo este livro, reafirmei conceitos e revi alguns outros. É revigorante aprender com quem sabe mais e a experiência de ler este Manual me deu essa alegria! Desejo a Você, meu colega Cerimonialista, uma excelente jornada neste Manual e que, ao final, ao ler o texto compilado do nosso amigo Professor Silvio Lôbo Filho “C